Conheça o Capão Selvagem
Com o intuito de conscientizar e criar um ambiente harmônico entre o ser humano e as espécies nativas do campus Capão do Leão da Universidade Federal de Pelotas, criou-se o Capão Selvagem!
Pesquisas de campo foram realizadas antes do grupo poder confeccionar e instalar as placas que hoje estão por todos lugares do campus.
A ideia é justamente que alunos, professores, técnicos e funcionários vejam as placas e associem a animais que realmente são vistos no local!
O Projeto teve início lá em 2016 e foi concluído, com a instalação das placas, em dezembro de 2019.
Com o projeto inicial "Capão Selvagem" o GEAS decidiu que seria mais do que interessante levar esse trabalho de conscientização pros outros câmpus da Universidade, criou-se então o "UFPel Selvagem", projeto que busca possuir outros espaços de atuação.
Quer conhecer nossas placas?
Mapa distribuição das placas.
Os pontos em verde marcam a localiazação que as placas foram colocadas.
Total de 24 placas (2 placas por ponto).
Bem vindos ao campus Capão do Leão da Universidade Federal de Pelotas,
Ao andar pelo Campus você encontrará placas educativas a respeito dos animais silvestres que vivem aqui na região.
Este trabalho foi desenvolvido por estudantes de Medicina Veterinária e Biologia que pertencem ao Grupo de Estudos de Animais Silvestres (GEAS SUL).
Ao encontrar uma placa, você irá conhecer um pouquinho sobre aspectos morfológicos, hábitos, reprodução e alimentação das diferentes espécies que compõem a nossa fauna local.
Cardeal
Paroaria coronata
Classificação taxonômica: Classe: Aves; Ordem: Passeriformes; Família: Thraupidae.
Aspectos morfológicos: possui longo topete e “babador” vermelho-vivo, que nos jovens se apresenta ferrugíneo. Mede cerca de 18 centímetros de comprimento e não há diferenças entre machos e fêmeas.
Hábitos: vive em bordas de arrozais, campos com vegetação alta e bordas de mata, mas também é comumente avistado em áreas urbanas e periurbanas.
Reprodução: são territorialistas no período reprodutivo. Cada ninhada pode ter de 2 a 3 ovos e os filhotes nascem após 13 dias.
Alimentação: alimenta-se principalmente de grãos e insetos.
Curiosidades: pássaro de marcante beleza física e sonora, motivos pelos quais é muito caçado.
#AgoraVocêJáSabe: a beleza e o canto marcante desta espécie devem ser apreciados na natureza, não em gaiolas! Respeite este lindo integrante da fauna do Pampa!
Chimango
Milvago chimango
Classificação taxonômica: Classe: Aves; Ordem: Falconiforme; Família: Falconidae
Aspectos morfológicos: mede entre 37 e 43 cm de comprimento, sendo as fêmeas ligeiramente maiores. Uma característica que diferencia os machos e as fêmeas desta espécie é a coloração das pernas, já que estas são amarelas nos machos adultos (Foto) e azul em fêmeas ou animais jovens.
Hábitos: vive em áreas abertas como regiões campestres, campos de cultura, beira do mar e praias.
Reprodução: o casal constrói o ninho juntos e ambos participam na defesa, incubação e alimentação dos filhotes.
Alimentação: alimenta-se preferencialmente de carniça, porém é capaz de se adaptar a alimentação variada como parasitas do gado, ovos de tartaruga e aves adultas.
#AgoraVocêJáSabe: os papais Chimangos compartilham toda responsabilidade com as mães, hábito que deveria servir de exemplo para muitos humanos! Aprenda com a natureza!
Colhereiro
Platalea ajaja
Classificação taxonômica: Classe: Aves; Ordem: Pelecaniformes; Família: Phreskiornithidae.
Aspectos morfológicos: possui aparência marcante devido à sua plumagem de coloração rosada e ao seu bico em forma de colher, fato que deu origem ao nome popular da espécie. Mede entre 68 e 86 centímetros de comprimento.
Hábitos: é um animal gregário, ou seja, vive em bandos e costuma habitar ambientes aquáticos, como banhados e praias lamacentas.
Reprodução: os hábitos reprodutivos são característicos, os quais incluem comportamentos de cortejo como batimentos de bico e ofertas mútuas de galhinhos.
Alimentação: utiliza o bico para peneirar a água em busca de pequenos crustáceos, peixes, insetos e anfíbios.
Curiosidades: nos itens alimentares se encontram substâncias chamadas carotenóides que proporcionam a coloração característica dessa espécie.
#AgoraVocêJáSabe: nem toda a ave rosa é um flamingo!
Capivara
Hydrochoerus hydrochaeris
Classificação taxonômica: Classe: Mammalia; Ordem: Rodentia; Família: Caviidae.
Aspectos morfológicos: possui corpo robusto, com pelos de cor marrom-avermelhado, pernas longas e ausência de cauda. É o maior roedor do mundo! Pode atingir 1,35m de comprimento, 65 cm de altura e pesar até 60kg. Os machos possuem uma glândula na cabeça, próximo ao nariz, que produz uma substância utilizada para demarcar território.
Hábitos: é um animal semiaquático. Vive em pequenos bandos, em matas e campos próximos de água. Possui hábitos diurnos e noturnos, pastando preferencialmente ao entardecer.
Reprodução: a gestação dura de 145 a 150 dias e a ninhada pode contar com quatro a oito filhotes.
Alimentação: estritamente herbívoros consomem especialmente gramíneas, que buscam nas várzeas dos rios, e plantas aquáticas.
#AgoraVocêJáSabe: as capivaras são animais com características curiosas que fazem parte da nossa biodiversidade, porém, costumam ser alvo da prática de caça. É proibida a caça de animais silvestres. Denuncie aos órgãos competentes!
Coruja-buraqueira
Athene cunicularia
Classificação taxonômica: Classe: Aves; Ordem: Strigiformes; Família Strigidae.
Aspectos morfológicos: é uma ave de pequeno porte. Possui coloração cor-de-terra, que facilita sua camuflagem no ambiente. Mede entre 21 e 28 centímetros de comprimento, sendo que o macho é ligeiramente maior e mais claro do que a fêmea.
Hábitos: é ativa, principalmente durante o crepúsculo. Habita comumente locais abertos com vegetação baixa.
Reprodução: faz seus ninhos em cupinzeiros ou buracos na areia em regiões litorâneas. Costumam cavar túneis de até 2 metros e o casal se reveza na construção deles.
Alimentação: alimenta-se de pequenos roedores e insetos.
Curiosidades: foi descrito nesta espécie o fenômeno do “querido amigo”, que consiste em diferenciar um invasor inofensivo de uma ameaça em potencial, desta forma permitindo que viva no meio urbano.
#AgoraVocêJáSabe: ela não optou por ser sua vizinha. A degradação do seu habitat apenas faz com que ela tolere sua presença! Respeite seu território!
Cruzeira
Bothrops alternatus
Classificação Taxonômica: Classe: Reptilia; Ordem Squamata; Família Viperidae.
Aspectos morfológicos: serpente peçonhenta de grande porte, podendo atingir 170 cm de comprimento total. Possui corpo bastante robusto e cauda relativamente curta.
Hábitos: ocupa áreas com vegetação mais densa, de difícil detecção visual.
Reprodução: esta espécie de serpente gesta seus filhotes, ou seja, é vivípara, tendo sido registradas ninhadas compostas de 1 até 26 filhotes.
Alimentação: pequenos mamíferos, como roedores.
Curiosidade: esta espécie ataca somente com o intuito de caça ou quando sob ameaça de alguma outra espécie, principalmente a humana. Dessa forma, é importante evitar a aproximação e interferir o mínimo possível em seu hábitat natural.
#AgoraVocêJáSabe: Serpentes peçonhentas como a Cruzeira são muito importantes no controle de roedores na natureza, e irão atacar somente quando ameaçadas. Respeite seu espaço!
Gambá-de-orelha-branca
Didelphis albiventris
Classificação Taxonômica: Classe: Mammalia; Ordem Didelphimorphia; Família Didelphidae.
Aspectos morfológicos: é o maior dos marsupiais brasileiros, chegando a pesar aproximadamente 2 kg na fase adulta. Sua cauda é longa e preênsil.
Hábitos: possui hábito noturno. Ocupa desde matas de galeria até áreas abertas, como campos.
Reprodução: o período de gestação das fêmeas é de aproximadamente 15 dias, nascendo em média nove filhotes que migram para o marsúpio, no qual permanecem por aproximadamente dois meses. Depois, ao saírem do marsúpio, os filhotes são carregados no dorso da fêmea até se tornarem independentes para procurar alimento.
Alimentação: alimenta-se de frutos, pequenos de vertebrados e de invertebrados, bem como de restos de alimentos deixados na rua, em regiões urbanas.
#AgoraVocêJáSabe: são animais tolerantes à presença humana. Ao avistá-los, não agrida, pois são inofensivos e ainda auxiliam no controle de populações de escorpiões, baratas e cobras! Entre em contato com um órgão competente para que sejam manejados de forma correta e retornados a natureza.
João-de-barro
Furnarius rufus
Classificação taxonômica: Classe: Aves; Ordem: Passeriformes; Família: Furnariidae
Aspectos morfológicos: mede entre 18 e 20 cm. Possui as penas do dorso avermelhadas e o peito claro. Não há diferença aparente entre machos e fêmeas.
Hábitos: vive em campos, cerrados, pastagens, rodovias e jardins, passando a maior parte do tempo no solo.
Reprodução: o casal constrói, em conjunto, um ninho em formato de forno de barro e utiliza como matérias-primas o barro úmido, o esterco e a palha. O ninho, depois de abandonado pelo casal, pode servir de nicho/abrigo para outras espécies.
Alimentação: alimenta-se de insetos e de pequenos invertebrados.
Curiosidades: os casais de joão-de-barro cantam juntos um dueto.
#AgoraVocêJáSabe: quando vir um ninho de joão-de-barro aparentemente abandonado, não o destrua, pois ele ainda pode servir de nicho para outros animais!
Gato-do-mato-grande
Leopardus geoffroyi
Classificação Taxonômica: Classe: Mammalia; Ordem: Carnivora; Família: Felidae.
Aspectos morfológicos: apresenta coloração amarelada com pintas pretas. Diferentemente dos outros felinos, as manchas do pelo não formam rosetas, mas sim pequenos pontos negros. Alguns indivíduos podem ter a pelagem totalmente preta, fenômeno conhecido como melanismo. Possui tamanho similar ao do gato doméstico. Pode chegar a medir até 1 m de comprimento total, da cabeça até a ponta da cauda, e pesar até 6kg.
Hábitos: é solitário, noturno e terrestre, mas pode subir e se locomover em árvores, sendo parcialmente arborícola.
Reprodução: o tempo de gestação é de 72 a 76 dias, e as fêmeas podem gerar até 3 filhotes por ninhada.
Alimentação: alimenta-se de pequenos mamíferos, de aves, de répteis, de anfíbios e de peixes.
#AgoraVocêJáSabe: o fenômeno de melanismo é razoavelmente visto em alguns felinos. Os animais conhecidos como “Pantera negra”, na verdade são onças-pintadas melânicas.
Pica-pau-do-campo
Colaptes campestris
Classificação taxonômica: Classe: Aves; Ordem: Piciformes; Família: Picidae.
Aspectos morfológicos: mede 32 cm. Possui os lados da cabeça e do pescoço
amarelos, assim como o peito. O alto da cabeça e a nuca são negros, e o dorso e a
barriga barrados. O macho apresenta em ambos os lados da cabeça duas faixas
avermelhadas
Hábitos: vive em campos e cerrados, aos pares ou em pequenos bandos.
Reprodução: os ninhos são construídos em diversas cavidades, sendo que a
entrada corresponde ao tamanho do corpo desta espécie, não permitindo que outras
aves e/ou predadores tenham acesso.
Alimentação: bate consecutivamente com o bico na madeira em busca de insetos,
principalmente formigas e cupins.
#AgoraVocêJáSabe: ao bicar uma árvore, ele não está se alimentando de madeira,
mas sim dos insetos que vivem nela!
Graxaim-do-mato
Cerdocyon thous
Classificação Taxonômica: Classe: Mammalia, Ordem: Carnivora, Família:
Canidae.
Aspectos morfológicos: possui pelagem cinza-claro com uma faixa dorsal
preta que se estende da nuca até a ponta da cauda, sendo as extremidades
das patas também de coloração preta. Isto auxilia na diferenciação entre as
espécies de graxaim presentes na região. Apresenta pernas curtas e robustas.
Mede cerca de 1 m de comprimento e pode pesar até 8 kg.
Hábitos: possui hábitos noturnos, sendo raramente observado durante o dia.
Habita áreas abertas, campos e savanas. Pode ser observado vivendo em
grupos familiares, porém, é um caçador solitário.
Reprodução: reproduz-se durante o ano todo, tendo um pico reprodutivo na
primavera. A gestação dura entre 52 a 59 dias, e em média as fêmeas têm 5
filhotes por ninhada, que são amamentados até os 3 meses de idade.
Alimentação: alimenta-se de frutos,de insetos, de crustáceos, de pequenos
mamíferos, de aves, de répteis, de anfíbios e de ovos de diversas espécies. É
considerado oportunista.
#AgoraVocêJáSabe: os aspectos morfológicos são importantes para
diferenciar as espécies de graxaim. Fique atento aos detalhes, são eles que
nos ajudam a diferenciar os animais em meio a esta biodiversidade.
Mão-pelada
Procyon cancrivorus
Classificação Taxonômica: Classe: Mammalia; Ordem Carnivora; Família
Procionidae.
Aspectos morfológicos: tem como característica uma máscara de pelos escuros
ao redor dos olhos, “anéis” de pelos escuros na cauda e mãos ágeis e desprovidas
de pelos. Essa espécie pode chegar a 1 m de comprimento da ponta do focinho à
cauda, e pesar até 8 kg.
Hábitos: hábito noturno e solitário.
Reprodução: o tempo de gestação dura aproximadamente 60 dias, podendo nascer
de 2 a 7 filhotes, que não apresentam a máscara característica. Esta começará a
surgir após três semanas de vida.
Alimentação: alimenta-se de frutos, de pequenos roedores, de anfíbios, de peixes,
de moluscos, de insetos e de crustáceos.
#AgoraVocêJáSabe: as mãos ágeis e desprovidas de pelos dão origem ao nome
popular da espécie, além disso, o Mão-pelada tem o costume de utilizar as mãos
para segurar e lavar os seus alimentos sempre antes de consumir. Aprenda com a
natureza!
Morcego
Tadarida brasiliensis
Classificação Taxonômica: Classe: Mammalia; Ordem: Chiroptera; Família:
Molossidae.
Aspectos morfológicos: os morcegos desta família possuem como característica
principal uma cauda espessa e livre, isto é, ultrapassa a borda distal da membrana
interfemural. Eles têm asas longas e estreitas. A pelagem é de coloração uniforme
no dorso, variando de castanho escuro a castanho-acinzentado. Os machos são
maiores que as fêmeas.
Hábitos: são formadores de grandes colônias, de centenas a milhares de
indivíduos. Podem ocupar habitações humanas, cavernas e ocos de árvores.
Reprodução: o período de gestação varia entre 2 a 3 meses. Geralmente é
gerado um filhote por gestação, que nasce sem pelos ou com pouca pelagem.
Alimentação: alimenta-se de insetos como baratas, de cupins e de mosquitos.
#AgoraVocêJáSabe: esta espécie de morcego não se alimenta de sangue, pelo
contrário, eles são nossos parceiros no controle de insetos.
Rã-chorona
Physalaemus gracilis
Classificação Taxonômica: Classe: Amphibia; Ordem: Anura; Família: Leptodactydae.
Aspectos morfológicos: é um anfíbio pequeno, medindo de 2,7 a 3,2 cm. Sua
coloração é variável, indo desde o castanho avermelhado até o cinza claro.
Possui uma faixa preta que se estende da ponta do focinho até a base das
coxas. Os machos possuem a região do “papo” mais escura devido a presença
do saco vocal.
Hábitos: tem hábitos terrestres, vivendo nas margens de florestas, pastagens
e áreas alagadiças.
Reprodução: a fêmea costuma botar de 400 a 700 ovos. É comum encontrar,
durante os meses de setembro a março, os ninhos de espuma sobre a lâmina
d’água, onde os ovos são depositados. O macho utiliza uma vocalização
característica da espécie para atrair a fêmea em época reprodutiva.
Alimentação: alimenta-se principalmente de colêmbolos, ácaros e formigas.
#AgoraVocêJáSabe: esta espécie recebe o nome popular de Rã-chorona
devido à vocalização feita pelo macho, que lembra o choro de uma criança.
Quiri-quiri
Falco sparverius
Classificação Taxonômica: Classe: Aves; Ordem: Falconiformes; Família: Falconidae.
Aspectos morfológicos: é o menor dos falcões americanos. Mede de 21 a 31cm. O macho é cinza-azulado no alto da cabeça e nas asas (Foto). A fêmea tem as costas e as asas marrom-avermelhadas.
Hábitos: vive em áreas semi-urbanizadas, margens de estradas e ambientes abertos. É ativo durante todo o dia, principalmente durante o período de reprodução.
Reprodução: constrói seus ninhos em ocos de árvores, cavidades feitas por pica-paus, buracos em barrancos e até em cupinzeiros. Os filhotes já saem do ninho com a plumagem do sexo correspondente.
Alimentação: alimenta-se de pequenos vertebrados e de grandes insetos. Ocasionalmente, alimenta-se de morcegos e cobras.
#AgoraVocêJáSabe: nem todos os falcões são grandes, alguns são do tamanho da sua mão!
Quero-quero
Vanellus chilensis
Classificação taxonômica: Classe: Aves; Ordem: Charadriiformes; Família: Charadriidae.
Aspectos Morfológicos: possui um topete característico na cabeça e um esporão vermelho nas asas, que é exibido a rivais ou predadores quando sente seu ninho ameaçado. Mede em média 37 cm.
Hábitos: em geral são vistos em casais ou pequenos bandos familiares. Habitam desde áreas abertas, banhados, pastagens e até gramados de campos de futebol.
Reprodução: fazem seus ninhos no solo, logo, seus filhotes já são capazes de abandoná-los assim que nascem.
Alimentação: composta basicamente de insetos aquáticos e peixinhos presentes na lama, podendo ainda alimentar-se de artrópodes e moluscos terrestres.
#AgoraVocêJáSabe: esta espécie não é agressiva por natureza, está apenas tentando defender sua família. Respeite seu território!
Sapo-boi
Rhinella icterica
Classificação taxonômica: Classe: Amphibia; Ordem: Anura; Família: Bufonidae.
Aspectos morfológicos: é um sapo grande. As fêmeas são maiores que os machos e podem chegar a 16 cm. Os machos apresentam uma única cor, amarelo-esverdeado (Foto). Já as fêmeas possuem coloração parda, com manchas escuras distribuídas pelo corpo.
Hábitos: possui hábitos florestais, mas consegue sobreviver em áreas desmatadas e campos.
Reprodução: na época reprodutiva é encontrado em riachos e em coleções de água parada, como lagoas e poças. Os machos vocalizam principalmente durante a noite. A desova é realizada em partes rasas da água e os ovos ficam protegidos por um cordão de gel gelatinoso que se prende na vegetação aquática.
Alimentação: alimenta-se de insetos, de lesmas e até de pequenos ratos. O sapo-boi pode devorar cerca de 10 mil insetos em 3 meses.
#AgoraVocêJáSabe: o sapo-boi auxilia no controle da população de insetos. Isso pode ser muito útil na agricultura, pois ajuda a reduzir o número de pragas. Preserve esta espécie!
Ratão-do-banhado
Myocastor coypus
Classificação taxonômica: Classe: Mammalia; Ordem: Rodentia; Família: Myocastoridae.
Aspectos morfológicos: possui um corpo arqueado e com pelos de coloração marrom-amarelada a marrom-avermelhada. Os pés são mais longos que as mãos e contém uma membrana entre os dígitos que auxilia a nadar. Pode medir até 1 m de comprimento da cabeça até a ponta da cauda e pesar até 9kg.
Hábitos: é um animal semi-aquático, bastante sociável, normalmente vive em grupos. Reside próximo a banhados, lagoas e rios.
Reprodução: o período reprodutivo das fêmeas ocorre de 2 a 3 vezes por ano, sendo o período de gestação em torno de 130 dias. Quando os filhotes nascem, eles ficam aos cuidados do macho, que os protege até a fêmea se recuperar do parto.
Alimentação: alimenta-se de plantas aquáticas, de raízes, de folhas, de talos e ocasionalmente de insetos, de crustáceos e de moluscos.
#AgoraVocêJáSabe: os Ratões-do-banhado são seres adaptados para viver em regiões alagadiças, mas seu habitat está ameaçado devido à extensa atividade da rizicultura e da pecuária. Preservar esses ambientes é preservar a espécie!
Teiú
Salvator merinae
Classificação Taxonômica: Classe: Reptilia; Ordem: Squamata; Família: Teiidae.
Aspectos morfológicos: é o maior lagarto do Sul do Brasil. Apresenta coloração ventral clara e dorsal de fundo acinzentada ou marrom, com faixas transversais pretas estreitas. A cauda é forte, apresenta anéis pretos e claros alternados e o animal consegue “desprendê-la” do corpo como forma de defesa.
Hábitos: possui hábitos diurnos, estando ativo nos períodos mais quentes do dia. É uma espécie terrícola, mas pode eventualmente subir em troncos de árvores para alcançar frutos ou abrigar-se em cavidades.
Reprodução: durante o período de maio a junho ocorre uma depressão metabólica e o animal permanece inativo em sua toca. Nos meses mais quentes, entre agosto e setembro, os Teiús preparam-se energeticamente para a reprodução.
Alimentação: alimenta-se de pequenos vertebrados e invertebrados, de ovos e de várias espécies de frutos, atuando como dispersor de sementes em pequenos fragmentos florestais.
#AgoraVocêJáSabe: o fenômeno de autotomia (autoamputação) da cauda é visto nesta espécie. Ele é utilizado principalmente como modo de defesa, na tentativa de enganar o predador e facilitar a fuga do Teiú.
Urubu-de-cabeça-vermelha
Cathartes aura
Classificação taxonômica: Classe: Aves; Ordem: Cathartiformes; Família: Cathartidae.
Aspectos morfológicos: inconfundível pela maneira como voa e plana, parecendo pairar no ar. Mede de 62 a 81 cm. Há ausência de penas na cabeça e no pescoço, evitando o acúmulo de restos alimentares nesta área.
Hábitos: vive em matas, bosques e campos.
Reprodução: constrói seus ninhos em locais protegidos por vegetação, sendo no solo ou em ocos de árvores.
Alimentação: alimenta-se de carniças e de pequenos vertebrados.
Curiosidades: tem um papel fundamental na natureza, mantendo-a limpa e sendo responsável pela eliminação de 95% das carcaças do ambiente. Desta forma, eliminam microrganismos, prevenindo a propagação de doenças entre animais domésticos e silvestres.
#AgoraVocêJáSabe: os urubus não são animais sujos, pelo contrário, são os “garis” da natureza, por isso merecem ser respeitados e preservados!
Tatu-galinha
Dasypus novemcinctus
Classificação Taxonômica: Classe: Mammalia; Ordem: Cingulata; Família: Dasypodidae.
Aspectos morfológicos: é a segunda maior espécie do gênero, com peso variando de 2,7 a 6,3 kg. Possui armadura usualmente cinza-amarelada com 8 a 10 cintas móveis, da qual deriva o seu nome científico.
Hábitos: Possui hábitos predominantemente crepusculares e noturnos, porém, ocasionalmente ativo durante o dia. Vive em florestas e constrói buracos em locais de difícil acesso e com várias entradas e ramificações.
Reprodução: o fenômeno de poliembriogenia é comum nesta espécie e ocorre somente nesse gênero de mamífero. Neste caso, a fêmea dá à luz a quatro filhotes idênticos geneticamente e do mesmo sexo. A época de reprodução ocorre normalmente de agosto a novembro.
Alimentação: alimenta-se de invertebrados, de tubérculos, de frutos e até de fungos.
#AgoraVocêJáSabe: os Tatus são animais com características curiosas que fazem parte da nossa biodiversidade, porém, são muito ameaçados pela prática da caça. É proibida a caça e consumo dos Tatus, assim como de qualquer espécie silvestre. Denuncie aos órgãos competentes!
Tigre'dágua
Trachemys dorbigni
Classificação Taxonômica: Classe: Reptilia; Ordem: Testunides; Família: Emydidae
Aspectos morfológicos: os machos são menores que as fêmeas, mas apresentam uma cauda maior. O casco dos machos possui formato côncavo para facilitar a cópula e escurecem progressivamente após chegar à fase adulta.
Hábitos: atividade diurna, sendo facilmente observado devido aos longos períodos expostos ao sol.
Reprodução: faz ninhos em áreas mais planas entre 25 e 50 metros de distância da água. Pode-se observar a maturação sexual dessa espécie de acordo com a espessura da carapaça, machos chegam nela com 130 mm e fêmeas com 150 mm.
Alimentação: alimenta-se de matéria vegetal, pequenos invertebrados e vertebrados.
#AgoraVocêJáSabe: depositar ovos em áreas planas faz com que esta espécie se desloque por diferentes caminhos. Ao avistar um indivíduo atravessando a rua, ajude-o a chegar na direção em que ele está indo!
Veado-virá
Mazama gouazoubira
Classificação taxonômica: Classe: Mammalia; Ordem: Artiodactyla; Família: Cervidae.
Aspectos morfológicos: possui pelagem marrom-acinzentada com o ventre mais claro, próximo ao branco. Pesa cerca de 18 kg e pode medir até 1 m de comprimento. As galhadas estão presentes apenas nos machos e são simples e retas, sem ramificações, podendo chegar a 12 cm de comprimento. Possui uma mancha branca acima dos olhos, que é característica dessa espécie.
Hábitos: é diurno e solitário, mas pode formar pequenos grupos em períodos de escassez de alimentos ou de acasalamento. Vive em matas densas, mas também pode ser encontrado em campos abertos, no entorno das matas. Os machos são territorialistas, utilizando sinais odoríferos e visuais para marcar território.
Reprodução: a gestação é de 7 meses, gerando 1 filhote por vez, que nasce marrom com pintas brancas distribuídas pelo corpo.
Alimentação: alimenta-se de frutos, de brotos, de gramíneas, de folhas de leguminosas e de flores.
#AgoraVocêJáSabe: para identificar um Veado-virá basta estar de olho para a mancha branca acima dos olhos. Esta é a única espécie com esta característica!